sábado, 9 de abril de 2016

About: O retorno de Pendulum


Não há muito o que escrever. Só sentir.




O grupo australiano de D&B, Pendulum, surgiu em 2002 e, em 2010, logo após o lançamento do álbum "Immersion", entrou em um período de hiato, marcando, basicamente, seu fim.

Mas (provavelmente) mal sabiam Rob Swire e Gareth McGrillen - fundadores do Pendulum e também do Knife Party (em 2011) - que diversos fãs ao redor do mundo ficariam desapontados pelo fim da banda. Alguns, inclusive, descobriram o material do Pendulum através do Knife Party (OBS: São dois grupos de gêneros musicais completamente diferentes) e deram mais preferência ao estilo D&B do primeiro do que o EDM/Dubstep do segundo.

De alguma forma, Rob Swire descobriu isso mais ou menos em 2013, e anunciou algo que deixou MUITOS contentes: Um novo álbum, do Pendulum, para 2014. "Como assim?", eu pensei. Mas fiquei na minha, afinal muitos rumores estilo Illuminati estavam rolando nessa época, além de que eu havia começado a curtir death metal melódico.

O problema é que, com o passar do tempo, esses rumores já estavam tomando proporções que me chamaram a atenção. Em 2014, Swire anunciou algo parecido novamente, mas parecia ser algo mais certo. Preferi não dar muita atenção, ignorando completamente qualquer outro rumor em 2015.

Agora, em 2016, após meu aniversário... Descubro que eles realmente voltaram. Mas não definitivamente. Nesse set postado acima, do Ultra Music Festival 2016, a banda se reúne após 4 anos (o último show foi em 2012) a partir dos 37 minutos, com direito à uma intro especial - que veio logo após a participação de Tom Morello na guitarra em "Tarantula/Bonfire" (músicas do Pendulum/Knife Party).

Foi suficiente pra agradar? Não, definitivamente não. DEVIAM TOCAR MAIS!

O ponto mais forte dessa reunião, além do fato de que tocaram os melhores hits da banda e inclusive trouxeram o Deadmau5 pra comandar "Moar Ghosts N' Stuff", é que a performance foi 100% LEGÍTIMA. E o que quero dizer com isso, é que hoje em dia, muitos artistas do Ultra se utilizam de equipamentos para meio que "deixar o show rolando". Mas dessa vez foi diferente: Deu para ouvir cada nota, cada instrumento, cada tom do vocal inalterável e único de Swire... ISSO, pra mim, é um show.

Confesso que, após a intro, quando Swire começou com o primeiro verso de "The Island"... Eu me arrepiei. "The Island" foi a primeira música da banda que eu ouvi, ainda em 2012, e ouvi-la ao vivo como se fosse nova - afinal, os vocais de Swire nunca mudaram - certamente me pegou de surpresa, ainda porque no meio das luzes, toda a banda foi aparecendo aos poucos.
"Witchcraft", apesar de não ter o mesmo "peso" de "The Island", também me surpreendeu. Novamente pelos vocais de Swire. Na moral, esse cara é 10/10.
Quando foi anunciado que o Deadmau5 entraria, logo pensei "QUÊ? COMASSIM?" naquele tom indescritível de surpresa. Eu jurava que deixariam tocando ali, mas não: O cara realmente foi lá, só pra tocar "Moar Ghosts N' Stuff". Novamente, arrepios pelo corpo todo: Eu ouvia Deadmau5 antes de Pendulum e Knife Party, e foi através dele que fiquei sabendo quem era Rob Swire realmente.
Mas eu só pude concluir quem é Rob Swire, realmente, depois da performance de "Watercolour": Além dele ser a "cabeça" do Knife Party, também é o vocalista principal do Pendulum, guitarrista, tecladista e DJ. Não há palavra que defina o talento desse cara.

Enfim, mesmo a vibe D&B sendo muito diferente de EDM/Dub, essa "mistura" que fizeram no Ultra é histórica. Faltaram hits? Claro, tipo "Voodoo People", mas essa performance que juntou o passado e o presente foi sensacional. E quando falo de performance, não estou falando do cara que fica falando "clap, clap, clap". Estou falando do Rob Swire e sua voz ao vivo! Não desmereço os outros membros, mas as menções honrosas definitivamente são para esse cara que sabe fazer de tudo no palco, praticamente.

Acho que depois dessa, vou voltar a curtir esses tipos de música...


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